domingo, 15 de dezembro de 2013

Quiabo não é só ofertado a Xangô!




Alimento do culto de Egungum, porém é muito utilizado no culto de vários Orixás como; Òrò (Baba-Eègun) para favorecimento em qualquer assunto, fazer justiça, exemplar os perversos e injustos.


Quando ofertado à Exú sua função é acelerar uma melhoria financeira e Ifá.

Para Ogum sua finalidade é derrotar um inimigo em confronto manifesto.

Para Xangô sua finalidade é atacar ou apaziguar qualquer ameaça que ainda não tenha se manifestado. 

Para Obaluaiê é servido cru pilado a fim de acelerar o andamento de riqueza e prosperidade. 

Para Obatalá sua função é apaziguar qualquer força ou situação agressiva. Ou seja, o Ila possui características que para adiantar algo, fazer deslizar, escorregar para dentro ou fora de uma situação.

Numa Oogun (magia) quando sua seiva é colocada sob folha de bananeira tem a
finalidade de causar a queda de um inimigo. Quando usado somente a seiva do Ilá provocada com a mistura de água, tem finalidade apaziguadora, refreadora, calmante diante de uma força agressiva, confusão na vida ou no Ori.

Quando usado como Amalà é utilizado na forma de um molho cozido no Epo ofertado quente com Egba (pirão) também bem quente, sua finalidade é acelerar a chegada ou o desfecho de algo que ambiciona, então se o Amalá for ofertado à Obaluaiê com peixe, búzios, pó de Osun e Efun, é para acelerar a prosperidade, dinheiro e abundancia. 

Ofertado à Xangô com peito de carne assada e Orogbo é para alguém obter coragem e enfrentar algo ou alguém complexo, já com pedras de raio ou fogo em brasa é para pedir defesa contra inimigos perigosos e injustos. 

Ofertado à Òrò (Baba-Eègun) com uma rabada de boi cozida sua finalidade é para acelerar o término de um sofrimento, doença, processo judicial, autoridade excessiva, abuso, tirania ou má intenção de pessoas

8º Itan - Exú

Em outra circunstância, Olofin estava muito doente, muitos foram vê-lo, mas não se encontrou em lugar nenhum quem o curasse. 

Por esse tempo, Exú comia aquilo que encontrava, convivendo com a pobreza. Sabendo da doença então, ele seguiu. Vestiu um gorro branco igual aos que usavam os Babalaôs e foi visitar o velho rei. Levou consigo suas ervas e com o seu poder curou então Olofin. 

Orumilá ficou muito agradecido e perguntou então a Exú qual deveria ser a recompensa. Exú que conhecia a pobreza, que conhecia a fome, que provara do desprezo de todos, pediu-lhe que lhe desse primazia nas oferendas, que lhe desse sempre um pouco de tudo que desse a qualquer um e que o pusesse às estradas das casas de modo a ser sempre o primeiro a ser saudado pelos que chegassem à casa, para que fosse saudado pelos que saíssem a rua. Orumilá estava grato a Exú e deu tudo o que Exú pediu.

Ensinamento: 

Este itan revela dois lados, ele revela a abertura dos padês nas iniciações dos Xirês, dos orôs internos e nos orienta que ao contarmos para os Orixás, que ao começarmos uma oferenda, uma mesa de comidas secas ou até mesmo uma obrigação simples, uma oferenda simples como um amalá para Xangô, como um Omolocum para Oxum, ou um Acarajé para Iansã, é preciso dar também um padê para Exú para manter o itan vivo. Revela ainda nas comunhões que se fazem às mesas de Bori, aonde se retira um pouco de cada comida e oferece para que a cabeça que está tomando esse Bori coma primeiro. Essa parte é um respeito à Exú, é um enaltecimento, é pedindo a Exú que antes dos Orixás, cubra também essa cabeça com respeito e proporcionando e essa pessoa, a esse filho, aquilo que ele pediu relacionado à obrigação.


quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Qual a origem do Dia da Consciência Negra?



ZUMBI DOS PALMARES Zumbi dos Palmares nasceu no estado de Alagoas no ano de 1655. Foi um dos principais representantes da resistência negra à escravidão na época do Brasil Colonial. Foi líder do Quilombo dos Palmares, comunidade livre formada por escravos fugitivos das fazendas. O Quilombo dos Palmares estava localizado na região da Serra da Barriga, que, atualmente, faz parte do município de União dos Palmares (Alagoas). 

Na época em que Zumbi era líder, o Quilombo dos Palmares alcançou uma população de aproximadamente trinta mil habitantes. Nos quilombos, os negros viviam livres, de acordo com sua cultura, produzindo tudo o que precisavam para viver. Embora tenha nascido livre, foi capturado quando tinha por volta de sete anos de idade. Entregue a um padre católico, recebeu o batismo e ganhou o nome de Francisco. 

Aprendeu a língua portuguesa e a religião católica, chegando a ajudar o padre na celebração da missa. Porém, aos 15 anos de idade, voltou para viver no quilombo. No ano de 1675, o quilombo é atacado por soldados portugueses. Zumbi ajuda na defesa e destaca-se como um grande guerreiro. Após um batalha sangrenta, os soldados portugueses são obrigados a retirar-se para a cidade de Recife. Três anos após, o governador da província de Pernambuco aproxima-se do líder Ganga Zumba para tentar um acordo, Zumbi coloca-se contra o acordo, pois não admitia a liberdade dos quilombolas, enquanto os negros das fazendas continuariam aprisionados. 

Em 1680, com 25 anos de idade, Zumbi torna-se líder do quilombo dos Palmares, comandando a resistência contra as topas do governo. Durante seu “governo” a comunidade cresce e se fortalece, obtendo várias vitórias contra os soldados portugueses. O líder Zumbi mostra grande habilidade no planejamento e organização do quilombo, além de coragem e conhecimentos militares. O bandeirante Domingos Jorge Velho organiza, no ano de 1694, um grande ataque ao Quilombo dos Palmares. Após uma intensa batalha, Macaco, a sede do quilombo, é totalmente destruída. Ferido, Zumbi consegue fugir, porém é traído por um antigo companheiro e entregue as tropas do bandeirante. Aos 40 anos de idade, foi degolado em 20 de novembro de 1695. 

A importância de Zumbi para a História do Brasil Zumbi é considerado um dos grandes líderes de nossa história. Símbolo da resistência e luta contra a escravidão, lutou pela liberdade de culto, religião e pratica da cultura africana no Brasil Colonial. O dia de sua morte, 20 de novembro, é lembrado e comemorado em todo o território nacional como o Dia da Consciência Negra.





Qual a origem do Dia da Consciência Negra?


Data é celebrada em 20 de novembro para lembrar Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, assassinado por tropas coloniais em 1695.
Na década de 1970, um grupo de quilombolas no Rio Grande do Sul cunhou o dia 20 de novembro como o Dia da Consciência Negra: uma data para lembrar e homenagear o líder do Quilombo dos Palmares, Zumbi, assassinado nesse dia pelas tropas coloniais brasileiras, em 1695. A representação do dia ganhou força a partir de 1978, quando surgiu o Movimento Negro Unificado no País, que transformou a data em nacional.


Segundo a historiadora da Fundação Cultural Palmares, Martha Rosa Queiroz, a data é uma forma encontrada pela população negra para homenagear o líder na época dos quilombos, fortalecendo assim mitos e referências históricas da cultura e trajetória negra no Brasil e também reforçando as lideranças atuais. "É o dia de lembrar o triste assassinato de Zumbi, que é considerado herói nacional por lei, e de combate ao racismo", afirma. A lei federal de 2011 (12.519) institui o 20 de novembro como Dia Nacional da Consciência Negra. A adoção dos feriados fica por conta de leis municipais. Diversas atividades são realizadas na semana da data como cursos, seminários, oficinas, audiências públicas e as tradicionais passeatas.


O Quilombo dos Palmares ficava onde hoje se encontra o estado de Alagoas e é considerado o maior quilombo territorial e temporal do Brasil, pois durou cerca de 100 anos. Em seu auge, chegou a abrigar de 25 mil a 30 mil negros. "Funcionava como um Estado dentro de outro Estado. Os negros fugiam do sistema escravista e se refugiavam em uma área de difícil acesso, mas com solo muito rico", conta.
Mas como a comunidade dos quilombos conseguiu resistir por um século contra o exército brasileiro, que utilizou canhões pela primeira vez em tentativas de destruir o quilombo? "O quilombo possuía um corpo bélico, com armas adquiridas por meio de trocas com fazendeiros do entorno, pela comida que produziam e também por assaltos', explica Martha.

O quilombo também contava com uma rede de informação grande, onde negros ainda na condição de escravos passavam informações antes das tropas chegarem ao local. A prática de guerra adotada era a guerrilha, quando o atacado recua antes do inimigo chegar, deixando o local vazio. "No mundo, existem outras experiências de quilombos e utilização de datas importantes da cultura negra. Mas o Brasil se destaca pelo uso que faz do 20 de novembro e pela dimensão que ele tomou".

domingo, 17 de novembro de 2013

Laguidibá



Algumas pessoas também conhece como Hunjegbe. Trata-se do colar conhecido como “a joia da nação”, pertencendo exclusivamente a Nação Jeje, embora, devido a mesclas outras nações às vezes fazem uso do mesmo. O Hunjeve é um colar pessoal, entregue ao vodúnsi quando completa seu ciclo de 7 anos, onde se tornará um Etemi (mais velho), embora alguns defendam que o Hunjeve deve ser entregue na iniciação. Quando a pessoa morre seu hunjeve é enterrado junto a ela depois que todos os preceitos forem realizados.



Vale ressaltar que o hunjeve é pessoal, sendo que não deve ser tocado muito menos usado por quem não seja seu dono. Para cada pessoa há um tamanho específico, assim como a quantidade de contas utilizadas, evidênciando a propriedade do colar. O Hunjeve é o simbolo da ligação vodun x vodunsi.



O Laguidibá é um outro colar também importante dentro da liturgia, confeccionado com chifre de búfalo, na cor preta, pertence aos voduns da família de Sakpata, embora vodúnsis de outras famílias também o usem, geralmente depois que ganham cargo.



Os fios de conta



Os fios de conta usados pelas vodúnsis, em geral trata-se de colares simples, com uma única “perna” com as contas nas cores correspondentes ao vodum. O colar do(a) zelador(a) pode ser mais trabalhado, porém nada que fuja ao tradicional.



Abaixo as cores das contas referentes aos principais Voduns do Jeje:


  • Legba: Vermelho e transparente, podendo ser multicolorida;

  • Ogun: Verde e vermelho, verde musgo ou azul turquesa;

  • Agué: Verde e branco rajado ou verde e amarelo (alguns usam verde, amarelo e vermelho ou multicolorido);

  • Odé: Verde ou azul turquesa;

  • Azansú e demais voduns da família Sakpata: Roxo (ou bordô), preto e branco (varia segundo a escolha do vodun, notando-se uma maior presença do branco para Avimaje);

  • Loko: Branco rajado de verde;

  • Sogbo/Badé/Akarumbé: Branco leitoso e vermelho, bordô e branco ou terracota e branco;

  • Oyá: vermelho, podendo ser também marron terracota;

  • Kposu: Bordô e branco ou laranja rajado de preto;

  • Averekete: Branca rajada de vermelho e azul, ou contas intercaladas nestas cores;

  • Nanã: Lilás ou branca rajada de azul marinho;

  • Aziri Tolá: Amarelo leitoso;

  • Aziri Togbosi: Miçangas brancas ou pérolas, podendo ser branco rajado de azul claro;

  • Yemanjá: Miçangas brancas ou transparentes e azul;

  • Oxun: Amarelo ouro ou amarelo cristal;

  • Gbèsén (Bessém): Amarelo cristal ou amarelo cristal e verde cristal;

  • Frekwen (Kwenkwen): verde cristal podendo ser também a mesma de Bessém;

  • Dan Jikún (Ojikún): vermelho cristal ou vermelho cristal e transparente;

  • Ewá: vermelho e rosa;

  • Lissá: Branco leitoso;

  • Aido Wedo: cores do arco-íris intercaladas 1 conta de cada cor na sequência;

  • Dangbalah Wedo: cores do arco-íris 3 contas de cada cor na sequência.

domingo, 10 de novembro de 2013

Vestir preto no culto aos Orixás



No candomblé dos anos 50, 60 e até 70, uma pessoa que chegava à porta de um candomblé vestida de preto, era sempre repudiada por aquela comunidade, e pedia-se para a pessoa se retirar. Quando a pessoa se negava a sair era entendido como uma afronta a Oxalá Pai de todas as cabeças por antecipação.


Vestir preto em uma saída de Iyawo é mesma coisa que dizer que o dono casa não sabe fazer o que esta fazendo.
Vestir preto em uma festa de 7 anos é a mesma coisa que dizer; não estou de acordo com esse titulo (oye).
Vestir preto em um funeral é desejar que aquela alma não tenha paz pela eternidade...
Vestir preto em um Ikomojade é desejar má sorte para criança
Vestir preto no dia a dia é afirmar-se intimo de Iyami Osorongá!


Vestir vermelho é dizer em alto e bom som! Não tenho medo das mães feiticeiras, por isso uso sua cor.

No itan de Bábà Ofuru, onde conta se que ele foi praguejado por Iyami, e é por isso que entre uma saia branca e outra é obrigado a usar um faixa preta de tecido. Para lembra-lo de sua vergonha!
Igual a Sango que usa um conta branca no pescoço para lembra-lo de um desrespeito a Oxalá!
Nos dias de hoje isso tudo esta sendo desrespeitado pelo mais novos, que acreditam estarem sendo desrespeitados pelos mais velhos.


7º. Itan:

Exú provocou a guerra entre famílias. Um rei e sua família deixaram de prestar as homenagens devidas a Exú e este não se deu por vencido. Haveriam de pagar bem caro pela ofensa. Exú procurou a rainha que vivia enciumada porque o rei só se interessava pela esposa mais nova. Disse-lhe que faria então um feitiço para que ela voltasse a ser a preferida do marido. Deu a ela uma faca e disse que cortasse um fio de barba do rei para fazer o tal trabalho. Então Exú, foi a casa do príncipe herdeiro e disse que o pai queria vê-lo naquela noite. Que fosse ao palácio e levasse seus guerreiros. 

Exú foi ao rei e disse-lhe que tomasse cuidado, porque a rainha planejava mata-lo naquela noite. O rei então se recolheu naquela noite, mas ficou acordado esperando e viu então a rainha entrar no quarto e dele se aproximar com a faca na mão, imaginou que ela pretendia mata-lo e engalfinhou-se com a faca na mão numa luta feroz.  O príncipe que chegava ao palácio com seus homens ouviu o barulho, os gritos e correu a câmara real com os soldados e viu o rei com a faca na mão. Faca que tirara da rainha na luta e pensou que o rei ia matar a rainha, a sua mãe. Invadiu o quarto com os soldados. Seguiu-se grande mortalidade. O preço fora pago e alto. Exú cantava, Exú dançava. Exú estava vingado.



Ensinamento: Esse itan revela que nem tudo é o que parece ser. Revela muitas vezes, que um cliente vai a mesa de jogo buscar muitas vezes, uma vingança, vai buscar uma cobrança por ciúme, a cobrança por negligência pessoal e muitas vezes não se dá a ele aquilo que ele foi buscar. Convencer de que na realidade as coisas podem ser diferentes se forem vistas de forma diferente e muitas vezes uma queimação, muitas vezes um feitiço, uma magia, por mais negra que seja possa ser mudada por um ebó de paz, aonde os conflitos são desfeitos, aonde os mal entendidos são esclarecidos, sem envolver tragédia, sem envolver dor, sem envolver lágrimas, evitando que Exú cante, que Exú dance, evitando vinganças de Exú.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

6º. Itan:


Em outra estória, em outro itan, Exú com certeza come tudo e ganha o privilégio de comer primeiro. Exú era o filho caçula de Iemanjá e Orumilá, irmão de Ogum, Xangô e Oxóssi. Exú comia de tudo. Sua fome era incontrolável. Comeu todos os animais da aldeia em que vivia. Comeu de 4 pés, comeu de penas, comeu de cereais, as frutas, os inhames, as pimentas. Bebeu toda a cerveja, toda aguardente, todo o vinho. Ingeriu todo o azeite de dendê, mastigou todos os obis. Quanto mais comia, mais fome sentia. Primeiro comeu tudo do que mais gostava, depois começou a devorar árvores, pastos e já ameaçava engolir o próprio mar. Furioso Orumilá compreendeu que Exú não pararia e acabaria por comer até o céu. Orumilá pediu a Ogum que detivesse o irmão a todo custo, e para preservar a terra, os seres humanos e os próprios Orixás, Ogum teve que matar o próprio irmão. A morte, entretanto não aplacou a fome de Exú, que mesmo depois de morto podia se sentir sua presença devoradora, sua fome sem tamanho nos pastos, nos mares, nos poucos animis que restaram, todas as colheitas, até os peixes iam sendo consumidos. Os homens não tinham mais o que comer e todos os habitantes da aldeia adoeceram, e de fome, um a um foram morrendo. O sacerdote da aldeia consultou o Oráculo de Ifá e alertou Orumilá quanto ao maior dos riscos. Exú, mesmo em espírito estava pedindo a sua atenção. Era preciso aplacar a fome de Exú. Exú queria comer. Orumilá então obedeceu ao Oráculo e ordenou:
“– Doravante para que Exú não provoque mais catástrofes, sempre que fizeres oferendas aos Orixás, deverão em primeiro lugar, servir comida a ele, para haver paz e tranquilidade entre os homens é preciso dar de comer a Exú em primeiro lugar.”


Ensinamento: Esse itan marca o ebó de tudo o que a boca come que é aplicado nos iniciados, é aplicado em orôs, em clientes, dependendo das circunstâncias, dependendo do estado de vida que ele se encontre, dependendo da pobreza que bate a sua porta. Esse ebó de tudo o que a boca come, é um ebó que rende homenagem a Exú, é aquele ebó tradicional que se coloca de tudo um pouco, desde açúcar, até o pó de café. Os itans, eles falam por nós, eles falam por cada estória, eles justificam cada gesto, justificam cada momento da nossa vida. Com os itans foi cultuado a história do Candomblé, com os itans foi criado momentos especiais que fazem parte do progresso individual de  cada ser humano.


segunda-feira, 21 de outubro de 2013

5º. Itan:


Em outra época, Exú ajudava Olodumare na criação do mundo, bem no princípio, durante a criação do universo. Olodumare reuniu os sábios do Orum para que o ajudassem no surgimento da vida e no nascimento dos povos sobre a face da terra, entretanto, cada um tinha uma ideia diferente para a criação e todos encontravam algum inconveniente nas ideias dos outros, nunca entrando num acordo, assim surgiram muitos obstáculos e problemas para executar a boa obra a que Olodumare se propunha.  


Então, quando sábios e o próprio Olodumare se propunha e já acreditava que era impossível realizar tal tarefa. Exú veio em auxílio de Olodumare e disse que para obter sucesso em tão grandiosa obra era necessário sacrificar 101 pombos como ebó. Com o sangue dos pombos se purificariam das diversas anormalidades que perturbavam a vontade dos bons espíritos, daqueles que queriam uma construção, que queriam uma vida melhor. Ao ouvi-lo, Olodumare estremeceu, porque a vida dos pombos está muito ligada a sua própria vida. Mesmo assim, pouco depois sentenciou; assim seja pelo bem de meus filhos, e pela primeira vez então, sacrificaram-se pombos. 


Exú foi guiando Olodumare por todos os lugares aonde se deveria verter o sangue dos pombos para que tudo fosse purificado e para que seu desejo de criar o mundo assim fosse cumprido. Quando Olodumare realizou tudo o que pretendia convocou Exú e lhe disse:


“– Muito me ajudastes e eu bendigo teus atos. Por toda a eternidade sempre será reconhecido. Exú será louvado sempre e antes do começo de qualquer empreitada, você será homenageado”.


Ensinamento: Nesse itan extrai-se literalmente o uso do ilé nos Boris, o uso do ilé nas obrigações. O ilé que acompanha a cabra, que acompanha o cabrito antes da galinha d’angola. Para louvar, para render homenagens, para limpar, para consagrar, para espalhar sobre o ori. O manto sagrado da criação do mundo, o manto sagrado da criação de uma nova vida, de um novo caminho sobre a cabeça a qual se está trabalhando. 


segunda-feira, 7 de outubro de 2013

4º. Itan:


E Exú também refez o tabu e refeito o decano dos Orixás. Exú era o mais novo dos Orixás. Exú assim deveria reverências a todos eles sendo sempre o último a ser cumprimentado. Mas, Exú almejava o cargo, almejava grau, almejava a superioridade, desejando ser homenageado pelos mais velhos. Para conseguir seu intento Exú foi consultar o Babalaô. Foi dito a Exú que fizesse sacrifício. Deveria oferecer 3 ecodidés, que são as penas do papagaio vermelho, 3 galos de crista gorda, mais 15 búzios, azeite de dendê, mariwo. Exú fez o ebó e o adivinho disse a ele para tomar um dos ecodidés e usá-lo na cabeça amarrado na testa e que assim não poderia por três meses carregar na cabeça o que quer que fosse. Olodumare a eles atribuíra responsabilidades. Oxú, a grande mãe lua foi buscar os orixás, Todos os Orixás se preparavam para o grande momento, a grande audiência com Olodumare. Todos trataram de preparar suas oferendas, fizeram suas trouxas, seus carregos, para levar tudo para Olodumare. Cada um foi com a trouxa de oferendas na cabeça, só Exú não levava nada porque estava usando ecodidés. Sua cabeça estava descoberta, não tinha gorro, nem coroa nem chapéu, nem carga. Oxú levou os orixás até Olodumare. Quando chegaram ao Orun de Olodumare, todos se prostraram, mas Olodumare não teve que perguntar nada a ninguém, pois tudo o que ele queria saber lia nas mentes dos Orixás, e disse ele então:

“– Aquele que usa o ecodidés foi quem trouxe todos para mim. Todos trouxeram oferendas e ele não trouxe nada, ele respeitou o tabu e não trouxe nada na cabeça, ele está certo, ele acatou o sinal de submissão, doravante será meu mensageiro, pois respeitou o “ó”, tudo o que quiseres de mim, que me seja mandado dizer por intermédio de Exú, e então por isso, por sua missão, que ele seja homenageado antes dos mais velhos, porque ele é aquele que usou o ecodidé e não levou o carrego da cabeça em sinal de respeito e também de submissão.” Assim, o mais jovem dos Orixás, o que era saudado por último, passou a ser o primeiro a receber o cumprimento, a saudação. Os mais novos foi feito os mais velhos. Exú é o mais velho e o decan dos Orixás.


Ensinamento: Esse itan marca a abertura de um axé, de um Xirê, de qualquer orô que vá se fazer para um Orixá. Qualquer orô que vá começar numa casa de santo é preciso com certeza dar caminho a Exú, rodar o padê, levar Exú até a rua, conduzi-lo para que ele possa estar satisfeito e ser o primeiro a ser louvado. Ao abrir o Xirê numa casa de axé, não se faz nada sem consagrar, sem louvar, sem render homenagens ao primeiro e com certeza também, o mais velho, aquele que conseguiu superar os tabus. Com certeza Exú é reverenciado nos dias de hoje, ainda baseado neste itan, baseado na sua vantagem que teve por usar a inteligência.


sábado, 28 de setembro de 2013

3º. Itan:


 Exú o grande senhor que demarca principalmente os territórios utilizados por nós em seus caminhos, ganhou poder sobre a encruzilhada. Exú não tinha riqueza, não tinha fazenda, Exú não tinha rio, não tinha profissão, nem artes, nem missão. Exú vagava pelo mundo sem paradeiro, então um dia, Exú passou a ir à casa de Oxalá. Ia à casa de Oxalá todos os dias. Lá, Exú se distraía vendo o bom velhinho fabricando os seres humanos. Muitos e muitos também vinham visitar Oxalá, mas ali ficavam pouco, 4 dias, 8 dias e nada aprendiam. Traziam oferendas, ciam o velho Orixá, apreciavam sua obra e partiam. Exú ficou na casa de Oxalá 16 anos. Exú prestava muita atenção na modelagem e aprendeu como Oxalá fabricava as mãos, os pés, a boca, os olhos, os pênis dos homens, as mãos, os pés, a boca, os olhos, a vagina das mulheres. Exú não perguntava, Exú observava. Exú prestava atenção. Exú aprendeu tudo.

Um dia, Oxalá disse a Exú para ir portar-se na encruzilhada por onde passavam os que vinham a sua casa, para ficar ali e não deixar passar quem não trouxesse uma oferenda. Cada vez havia mais humanos para Oxalá fazer, e Oxalá não queria perder tempo recolhendo os presentes que todos lhe ofereciam. Oxalá nem tinha tempo para as visitas. Exú tinha aprendido tudo e agora podia ajudar Oxalá. Exú coletava os ebós para Oxalá, recebia as oferendas e as entregava. Exú fazia bem o seu trabalho e Oxalá então decidiu compensá-lo e assim quem viesse à casa de Oxalá, teria que pagar também alguma coisa a Exú. E Exú mantinha-se sempre apostos guardando a casa de Oxalá, armado de um ogó, um poderoso porrete, afastando os indesejáveis e punia quem tentasse burlar sua vigilância. Exú trabalhava demais e fez ali a sua casa, ali na encruzilhada, ganhou uma rendosa profissão, ganhou seu lugar, sua casa. Exú ficou rico e poderoso. Ninguém pôde mais passar sem pagar alguma coisa a Exú.


Ensinamento: Neste itan, extraímos a existência da obrigatoriedade de ter a sua casa de Exú em toda casa de axé. Primeira plantação, primeira casa a ser feita. Pequena, grande, simples, luxuosa, enfim, dependendo das condições de quem tem esse axé. Mas com certeza, nenhum cliente chega até a uma mesa de jogo, nenhum cliente chega até uma casa de axé, se a casa de Exú não estiver construída, se Exú não estiver recebendo as oferendas, as homenagens devidas por ele merecidas, por estar trazendo as pessoas, encaminhando as pessoas até a casa de axé.


sábado, 14 de setembro de 2013

2º. Itan


Há muito tempo havia um rei muito malvado que por qualquer motivo condenava seus súditos a pena de norte por decapitação. As injustiças, os crimes por ele praticados eram tantos que Olodum resolveu mandar Exú verificar o que estava se passando com ordem de punir o malvado da maneira que ele bem entendesse. Exú então, disfarçado de alfaiate chegou à cidade onde se estabeleceu com sua nova profissão. O tempo passou até que certo dia um homem pediu a Exú que lhe fizesse um manto e utilizando-se de uma bela peça de tecido negro como a noite. Exú atendeu mais que satisfatoriamente a encomenda de seu freguês. Antes de entregar o manto a seu dono, Exú chamou Ikú, nossa grande senhora morte, e exibindo sua obra lhe fez a seguinte proposta:

“– Gostaria de possuir este manto?” e a morte disse:
“– Claro que sim, infelizmente não possuo dinheiro suficiente para adquiri-lo, se tivesse, sem dúvida o compraria agora mesmo.”
“– Pois este manto poderá ser seu se dentro de sete dias vieres buscar a pessoa que o tiver usando.”, confidenciou então Exú.
“– E assim basta que eu venha buscar dentro se sete dias quem estiver vestido, para que eu possa ser dono deste manto?”
“– Não tenha dúvida.”, respondeu Exú.
“– Dentro de sete dias então virei buscar o manto e quem estiver dentro dele.” Respondeu a morte ansiosa com os olhos brilhante sobre a peça.
E Ikú retornou ao mundo dos mortos, contando os dias que faltavam para que pudesse vestir o seu belo manto. No dia seguinte, o freguês veio buscar a sua encomenda, mostrou-se muito satisfeito com o trabalho do novo alfaiate. Ficou, olhou, provou e disse:

“– Recomendarei os seus serviços a todos os meus amigos, tenho certeza que gostarão, sou muito bem relacionado e posso conseguir uma boa clientela.”, disse o homem agradecido pelo trabalho.
“– Se é verdade que podes me ajudar, gostaria que vestido com esse manto fosse passear nas imediações do palácio real, de forma que o próprio rei pudesse admirar minha obra e dessa forma torna-se meu cliente”, disse Exú.
“– Sim, é claro, irei passear diante do palácio e se perguntarem quem fez este manto darei o seu endereço”, e vestido de boas intenções, lá se foi o homem desfilar diante do palácio real. O rei muito mal, tinha um filho, rapazinho de 16 anos, cheio de vontades, mas de péssimo caráter, ruim como seu próprio pai. O rei jamais negara nenhum pedido ao filho, fazia todas as suas vontades, atendia todos os seus caprichos e aí então, ai daquele que ousasse contrariar o príncipe, logo teria a cabeça separada do próprio corpo. E Exú então, aguardando o fruto da ambição brotar, germinar, amadurecer. E quem viu o homem vestido com o manto feito por Exú não foi o rei, mas sim, o seu filho herdeiro.

“– Pai, pai, quero para mim o manto negro que aquele homem está vestindo.”, pediu o jovem, apontando para a direção do infeliz que passava distraído. Imediatamente o rei mandou prender o homem e inventando uma desculpa qualquer, condenou-o a morte por decapitação, dessa forma, seu filho poderia usar o manto, sem que ninguém reclamasse sua propriedade. E o príncipe então vestiu a roupa que não tirou mais do corpo. No dia da execução, Ikú foi chamado para levar o condenado, o pobre inocente condenado. Esta era a sua missão.  

Na hora marcada, todos vieram ao patíbulo, inclusive o príncipe com o seu manto novo, jamais perdera um espetáculo como aquele e não seria naquele dia que deixaria de exibir a todos sua roupa nova e com certeza Ikú chegando ao local e vendo o manto lembrou-se da promessa de Exú e agindo com extrema presteza pegou o alfanje das mãos do carrasco decepando a cabeça do príncipe e arrancando-a do corpo ainda com vida. O manto negro confeccionado por Exú, ele vestiu imediatamente. O povo que vivia insatisfeito com o tirano, vendo o que se passava pensando tratar-se de uma revolução, invadiram o patíbulo matando também o rei e libertando o prisioneiro que foi por eles mesmo coroado rei. E foi assim que Exú puniu o déspota, eliminando ele e sua descendência para que o novo monarca pudesse reinar com justiça sobre aquele povo até então oprimido e é por isso que até hoje Ikú se veste com o manto totalmente negro, presente de Exú por um pequeno favor prestado.



Ensinamento: Esse itan com certeza revela que o justo pode pagar pelo pecador desde que esse justo esteja copiando os maus costumes, os maus vícios. Esse itan revela “diga-me com quem andas que eu direi quem tu és”. Esse itan também revela que a justiça tarda mais não falha e não tem caminho para que ela chegue. E miticamente falando revela o estreito caminho entre Exú e a morte, por ser o senhor das estradas, o senhor do longe e do perto, o senhor de ontem, do hoje e do amanhã, o senhor da distância inexistente.

1o. Itan Exú



1º. Itan 



Um dia, entre rezas africanas dos povos Iorubás, um mensageiro chamado Exú andava de aldeia em aldeia a procura de solução para terríveis problemas que na ocasião afligia a todos. Todos os homens, como também todos os Orixás.

Contam os itans que Exú foi aconselhado a ouvir do povo todas as estórias que falassem dos dramas vividos pelos seres humanos, pelas próprias divindades, assim como também pelos animais e por outros seres que dividem a terra com o homem. Estórias que falassem de aventuras, de sofrimentos, das lutas vencidas e perdidas, das glórias alcançadas, dos insucessos sofridos, das dificuldades na luta pela manutenção da saúde contra os ataques da doença e da morte.  

Todas as narrativas a respeito dos fatos do cotidiano por menos importante que pudessem parecer, tinha que ser devidamente considerados. Exú deveria estar atento também aos relatos sobre as providências tomadas, a oferenda feita aos deuses para se chegar a um final feliz em cada desafio enfrentado e assim fez ele reunindo vários itans, histórias que significa de acordo com o sistema de enumeração dos antigos Iorubás que Exú juntou um número incontrolável de estórias realizando uma pacientíssima missão. 

O Orixá mensageiro tinha diante de si todo o conhecimento necessário para o desvendamento dos mistérios sobre a origem e o governo do mundo dos homens e também da natureza. Sobre o desenrolar do destino dos homens, mulheres e crianças, sobre os caminhos de cada um na luta cotidiana quanto aos infortúnios que a todo momento ameaçam a cada um de nós, ou seja, a pobreza, a perda dos bens materiais, de posições sociais, a derrota em face do adversário traiçoeiro, a infertilidade, a doença e a morte.

domingo, 14 de julho de 2013

Os Itans


O Candomblé. Cultura digna. Digna de um povo. Digna de uma fé. Cultura que traz a história de cada um através dos Ifás, através dos Caoris, através da metodologia adivinhatória variada, mas que com certeza buscam os caminhos, os horizontes e buscam principalmente enaltecer, enriquecer a vida de cada um, porque com o candomblé, foi inventado os itans, as histórias de cada orixá, histórias variadas, mas que na realidade são sinônimos de problemas que anos e anos vem acontecendo na vida de cada um, vem acontecendo na vida de cada ser humano, histórias que apesar de pertencer a Orixás, pertencem também aos caminhos de cada um de nós, com seus exemplos, ensinamentos e principalmente trazendo soluções para que sejam solucionados os problemas individuais ou até mesmo coletivos de cada pessoa, de cada grupo que procuram fazer parte da formação da estrutura básica de uma religião chamada Candomblé.

Conta-se que todo esse saber foi dado a um adivinho de nome Orumilá, também chamado Ifá, que o transmitiu aos seus seguidores, aos sacerdotes do oráculo de Ifá que são chamados Babalaôs ou os pais de santo do segredo. Durante a iniciação que é submetido para exercício da atividade oracular, o Babalaô aprende essas histórias primordiais que relatam fatos do passado que se repetem a cada dia dos homens e mulheres.

Para Os Iorubás antigos, nada é novidade. Tudo o que acontece hoje, já teria acontecido antes. Identificar no passado mítico o acontecimento que ocorre no presente é a chave da decifração oracular. Os mitos dessa tradição oral estão organizados em vários capítulos, vários itans organizados na mente de cada sacerdote, cada um subdivididos em partes, tudo paciente e meticulosamente decorado na memória do zelador, é que vem a experiência, é que vem a resposta.

Acredita-se, que nos caminhos dos itans, o zelador, o Babalaô, o conselheiro que seja, busca um exemplo do passado nas estórias do passado, estórias que com certeza remetem ao presente e sucessivamente ao futuro:

Se Obá cortou uma orelha por amor a Xangô, uma mulher corta os pulsos por amor a um homem.

Se Ogum decepou cabeças pelo silêncio e pela falta de respostas, muitos massacres podem acontecer muitas vezes por povos, por líderes de estado defendendo um ideal, um objetivo, defendendo principalmente uma posição.

Se Xangô, segundo os itans, abriu um buraco na terra e entrou por ele adentro, reis, rainhas, presidentes, renunciam, suicidam-se, são com certeza banido às vezes do seu poder.

Se Oyá experimentou através da curiosidade a força do fogo, quantas pessoas também pela força da curiosidade acabam morrendo queimadas e assim os itans revelam o cansaço das estórias de oxalá, revelam também os truques, a malícia, a irreverência nos itans de Exú, nos itans de Bara e que com certeza formam os itans da nossa cultura, as estórias que montam o caminho, que montam o convívio de cada sacerdote, que montam a verdade de cada um.

Muitas vezes, uma estória simples, uma estória comum, uma estória básica, se encontra a solução para livrar um cliente, livrar um filho de santo, livrar até futuros problemas que um filho de santo, que um cliente possa vir a ter no futuro, daí a demarcação dos ebós, onde se tira os ebós de caminho, os ebós de Odu, trata-se também com certeza, explicando para cada caminho que se é dado a um filho de santo, porque nos itans, nas estórias que são reveladas através do conhecimento da evolução espiritual de cada sacerdote, extrai-se também a solução para o futuro onde muitas vezes convivemos com a ganância, convivemos com a inveja, convivemos de várias formas diferentes com situações diferentes que levam um filho, um cliente, muitas vezes ao pantanal da tragédia, muitas vezes levam ao caminho da perda, ao caminho da discórdia, da desavença, da separação. 

Mas nada que se fale nada que se pregue nada que se professe nos caminhos dos Orixás através dos itans, não quer dizer, que seja novo, não quer dizer que seja novidade para cada um, pelo contrário, para os Orixás tudo é antigo, tudo já foi feito, tudo já foi visto, cabendo a cada um, cabendo a cada sacerdote buscar nos itans o caminho certo, buscar nos itans a esperança, a explicação, o exemplo que cada Orixá, que cada um itan revelou para a cultura, para a mente, e através dessa estória, da cultura, das lendas que muitas vezes são ignoradas por muitos, que muitas vezes são vítimas de chacotas até por muitos, mas delas são extraídas a solução para todos que com certeza buscam a prosperidade, buscam o caminho da felicidade através de nossos orixás e com certeza sem os itans, sem a verdade não seria possível descobrir como foi descoberta a inveja e foi detectado também o meio de acabar com ela, como também foi descoberta a ganância, até mesmo o castigo que nós buscamos nos caminhos de queimação, nos caminhos de ebós, do troco, da resposta. Dos itans que revelam a ambição que cobra de cada um o preço mais alto possível quando se deve aos Orixás.

A partir da próxima edição, estarei colocando vários exemplos de itans e seus significados na vida atual.


sexta-feira, 29 de março de 2013

Sexta-Feira da Paixão e o Candomblé




O ritual da "cura" na sexta-feira da Paixão dentro da casa de Candomblé.




O Ritual da Cura ou Fechamento de Corpo praticado em muitos candomblés na Sexta Feira da Paixão, que é uma data que os católicos dedicam à memória da crucificação de Jesus Cristo, tem origem nas mais antigas práticas bantos de calundus (formações religiosas anteriores à formação do candomblé modelado pelo Ketu na Bahia).

Algumas tradições Jeje Mahi, formações de candomblés Nagô Vodum, e Jeje Nagô principalmente, absorveram, em sua formação, do elemento banto presente no Recôncavo Baiano, tal tradição, umas casas como as de Candomblé de Angola realizam na Sexta Feira da Paixão e outras tradições segmentadas e formações não propriamente no dia santificado dos católicos, mas em etapa anterior ao sacrifício do bicho de 4 patas do rito de iniciação.

A “cura” é uma denominação para a “cruza ou cruz”, sinal recebido dos mercadores e traficantes de escravos para marcá-lo e distingui-lo dentro de um grande número de indivíduos, principalmente assim agiam os mercadores e traficantes espanhóis, portugueses e brasileiros (muitos referidos ao longo da História como sendo portugueses). Tal símbolo era marcado nos braços, peito, costas dos escravos de forma a marcá-lo com sendo já batizados e, portanto que já haviam recebido o nome pelo qual deviam ser conhecidos doravante, só então depois eram conduzidos ao Brasil em navios negreiros. Tal flagelo atendia a grandes encomendas de escravos principalmente para o árduo trabalho da lavoura no Ciclo da Cana de Açúcar.

Em fongbè (Língua Fon) a cruz é denominada kluzú (pronunciando-se curuzú, que dá nome a uma localidade em Salvador, Bahia). Para o indivíduo banto de forma geral e principalmente no Brasil ficou entendida como “cura”. Também no Brasil muitos índios entenderam o símbolo da cruz como curuçá ou cruçá a partir dos Jesuítas, passando assim a denominá-la.

O segredo do Fechamento de Corpo no Ritual da Cura está no que lhe é passado depois da marcação do sinal e o que é rezado naquele momento, diferindo os ingredientes passados e ingeridos e as rezas de acordo com o candomblé.


segunda-feira, 4 de março de 2013

Por que o Orixá Dança?



São os atabaques, que juntamente com as cantigas entoadas que trazem os Orixás do Orum para o Ayê. São conhecidos como Run (atabaque maior), Rumpi e Le (atabaque menor) e devem ser tocados apenas por Ogãns, sendo então um instrumento sagrado essencial dentro de qualquer casa de santo.

Sob o ritmo do Alujá, o grande rei Xangô mostra seu poder sobre os trovões, no Ijexá, Oxum, soberana, admira-se em seu espelho, Iemanjá, sempre majestosa, se banha em suas águas. Ogum, ao som do Adarrum, é o grande guerreiro que desbrava os caminhos, no ritmo do Aguere, Oxóssi, grande rei da fartura, caça o alimento de seus filhos, Iansã, destemida e leve como os ventos, recolhe e espalha as más energias. Oxalá, ao som do Igbi, traz toda a paz e tranquilidade de um grande Pai, enfim, os Orixás chegam do Orun (céu) para confraternizar com seus filhos do Ayê (terra), em uma harmoniosa troca de energia e axé.

Temos ainda dois momentos em uma cerimônia de Candomblé, o Xirê, onde se canta para todos os Orixás um mínimo de três cantigas, acompanhadas pelas danças, onde em uma grande roda, todos os filhos louvam cada Orixá, imitando seus gestos em uma grande roda que é dançada em sentido anti-horário simbolizando assim a nossa volta ao passado, a volta a nossa ancestralidade. Em um segundo momento, com a chegada dos Orixás, estes são devidamente trajados e recebem suas ferramentas para suas Cantigas de Run, onde é o Orixá que desenvolve a coreografia sagrada.


Mas afinal, por que o Orixá dança?



Quando falamos em Candomblé, falamos de uma religião brasileira que foi e ainda é passada de maneira oral, por isso, através da dança, o Orixá conta ao público a sua história mitológica, seus feitos, suas batalhas, redistribuindo a energia vital, axé e trazendo o sagrado de volta ao mundo cotidiano. Nossos deuses dançam entre nós, não se importam se somos ricos ou pobres, brancos ou negros ou ainda se gostamos de rosa ou azul, estão sempre lá, a nossa espera, emanando sua força e transmitindo axé a todos que a eles recorrem. No Candomblé, assim como na Umbanda, todos são irmãos, uma grande família, somos felizes, expressamos nossa alegria cantando e dançando para nossos Orixás que sempre estarão dispostos a nos acolher, por isso dançamos sempre com um lindo sorriso no rosto, pois a fé quando transborda vira gotas de alegria!

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Ser do Santo



Muitas são as pessoas que se dizem do santo.

Anunciam aos quatro ventos que são raspados, que fazem parte desse maravilhoso Universo chamado Orixá.]

Outros propagam que são Sacerdotes e Sacerdotisas de nossa Religião.

Mas, a verdade, é que de inúmeras pessoas que se iniciam em nossos preceitos, muitos poucos podem se considerar verdadeiramente parte do Mundo do Santo.

Isso porque sermos parte deste Universo não é fácil, pois, implica em uma série de fatores que em sua grande maioria as pessoas não estão preparadas para encarar e uma delas é o afastamento da vida mundana.

Um verdadeiro filho de santo, não tem vida social. Por maior que seja o evento que pretende participar, sempre terá que abrir mão do mesmo para se dedicar aos assuntos do Orixá, pois como seres que governam a natureza, não compactuam com atos como: bebida, sexo e outros.

Sempre que uma “roça” entra em função, é de suma importância que seus filhos, ali estejam presentes de corpo e mente limpos para que possam dar sua contribuição nos afazeres que aquele Orixá solicita para que possa assim a pessoa que está passando pelo processo e até mesmo os que ajuda, receber as dádivas daquela entidade.

O mesmo ocorre e de forma muito mais rigorosa com os sacerdotes e demais pessoas que possuam cargo de alta hierarquia dentro de uma “roça” de Candomblé.

Como sacerdotes, não temos direito a festas, sexo, bebidas e muitos outros prazeres da vida com abundância, pois que nunca sabemos quando seremos chamados para praticarmos nosso sacerdócio. É uma missão árdua e em sua grande maioria as pessoas fracassam.

Para que possamos nos dedicar literalmente ao sacerdócio temos sim, que estar prontos para abrir mão de muita coisa em nossa vida.

Quantas vezes somos chamados, por exemplo, em plena comemoração do ano novo para intercedermos na vida de alguém?

Quantas vezes estamos nos preparando para uma festa, um jantar e nosso telefone toca, e um consulente nos requisita para algo?

E, nos negarmos a atender é sermos negligentes com nosso Santo.

Temos que estar prontos sempre, não importa a hora, o dia ou mesmo o momento.

E se formos conclamados a parar um ato por mais prazeroso que seja, temos a obrigação de atender, pois assim desejou nosso Orixá.

Como pode, por exemplo, um médico, se negar a atender um paciente seu que sofre um acidente e está muito mal em um hospital? Como pode um obstetra se negar a atender uma parturiente na sua hora?

O mesmo acontece conosco!

Ser do Santo, não é somente sair por aí propagando aos quatro ventos que somos. Mas sim, ter uma vida de reclusão em sua grande maioria. Uma vida de sacrifícios, de doação onde muito pouco recebemos.

É preciso termos em nossa consciência de que, nada podemos fazer esperando receber em troca.

Nosso Pai ou Mãe saberá nos compensar se assim formos merecedores. O mesmo ocorre com um ogã, uma ekédi.

É de suma importância que estejam prontos sempre, para abrir mão de sua vida particular em benefício dos assuntos do Santo.

Muitos poucos batem no peito e se dizem ogã, mas pouquíssimos são os que realmente fazem jus ao cargo que receberam, porque preferem a vida do mundo do que se recolherem em clausura, em benefício de outro quando são solicitados pelos Orixás.

As pessoas precisam entender de que se, receberam um cargo, é porque aquele orixá confiou nele para os momentos em que mais precisasse. E esses momentos são justamente as funções que existe em um Templo, pois como pode um zelador sozinho se dedicar a tanta coisa?

Ser do Santo, não é festa, mas sim, uma vida de dedicação e submissão.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Orixá Xangô



Xangô é um dos Orixás mais populares no Brasil e zela pela justiça e pelo fogo. Também é charmoso, sensual e gosta de fazer tudo com muito prazer. Por isso, teve três esposas: Iansã, Oxum e Obá. Sentimento de derrota é uma coisa que não existe em sua personalidade. Apesar de ser famoso por sua ação repressiva e autoritária, consegue distinguir entre o bem e o mal.
O raio é sua arma, que envia como castigo a quem age de maneira contrária a seus princípios de justiça. Os filhos de Xangô são justos e odeiam a mentira e a falsidade. São muito sociáveis e costumam deixar as pessoas admiradas por sua maneira extrovertida de conversadora. Há quem os odeie por dizerem tudo o que pensam. No amor, não há problemas para conquistar, mas podem ser um pouco infiéis.


 CONHECENDO MAIS DE XANGÔ



Como personagem histórico, Xangô teria sido o terceiro Alafin Oyo, Rei ( Senhor do Palácio) de Oyo. Era filho de Oranmiyan e de Torossí, esta filha de Elempe, rei dos Tapa, que tinha firmado uma aliança com Oranmiyan. Xangô cresceu no país de sua mãe indo se instalar, mais tarde, em Kosô, onde os habitantes não o aceitaram por causa de seu caráter violento e imperioso; mas ele conseguiu, finalmente , impor-se pela força. Em seguida, acompanhado pelo seu povo, dirigiu-se para Oyo, onde estabeleceu um bairro que recebeu o nome de Kosô. Conservou, assim, seu título de Oba Kosô que, com o passar do tempo, veio a fazer parte de seus Orikis (louvores).

Dadá-Ajaká, irmão consangüíneo de Xangô, filho mais velho de Oranmyian, reinava em Oyo por essa época. Seu caráter era calmo e desprovido da energia necessária a um verdadeiro chefe. Xangô o destronou e Dadá-Ajaká exilou-se em Igboho, durante os sete anos de reinado de seu meio-irmão. Teve que se contentar, então, em usar uma coroa feita de cauris, chamada Adé de Bayani. Depois que Xangô deixou Oyo, Dadá-Ajaká voltou a reinar. Em contraste com a primeira vez, ele mostrou-se, agora, valente e guerreiro e, voltando-se contra os parentes da família materna de Xangô, atacou os Tapa, sem grande sucesso.

Xangô, sob seu aspecto divino, é filho de Oranmyian, tendo Yamassé como mãe e sendo marido de três divindades: Oyá, Oxun e Oba, que se tornaram rios no país Yorubá.

Xangô é viril e potente, violento e justiceiro, castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. Por este motivo, a morte pelo raio é considerada infamante. Da mesma forma, uma casa atingida por um raio é uma casa marcada pela cólera de Xangô. O proprietário deve pagar pesadas multas ao sacerdotes do Orixá que vêm procurar, nos escombros, os Edun Ará ( pedras de raio) lançados por Xangô e profundamente enterradas no local onde o solo foi atingido.

Este Edun Ará (na realidade machados neolíticos ) são colocados sobre um pilão de madeira esculpido, odô, consagrado a Xangô. Tais pedras são consideradas emanações de Xangô e contém o seu Axé - o seu poder. O sangue dos animais sacrificados é derramado, em parte, sobre suas pedras de raio para manter-lhe a força e a potência. O carneiro, cuja chifrada tem a rapidez do raio, é o animal cujo o sacrifício mais lhe convêm. Fazem-lhe, também, oferecimentos de Amalá, iguaria preparada, com farinha de inhame regada com um molho feito com quiabos. É no  entanto, formalmente proibido oferecer-lhe feijões brancos da espécie Sesé. Todas as pessoas que lhe são consagradas estão sujeita à mesma proibição.

O emblema de Xangô é o duplo machado estilizado, Oxé, que os seus iniciados trazem na mão, quando em transe.
O chocalho, chamado Xeré, feito de uma cabeça alongada, contendo pequenos grãos, é sacudido em honra a Xangô. Convenientemente agitada, quando são anunciados os seus louvores, este instrumento imita o barulho da chuva.


As saudações, Oriki, que seus fiéis lhe dirigem não deixam de ter certa graça e mostram a sua forte personalidade:

Ele ri quando vai à casa de Oxun.
Ele fica bastante tempo em casa de Oyá.
Ele usa um grande pano vermelho.
Elefante que anda com dignidade.
Meu senhor, que cozinha o inhame com o ar que escapa de suas narinas.
Meu senhor, que mata seis pessoas com uma só pedra de raio.
Se franze o nariz, o mentiroso tem medo e foge.


Xangô foi sincretizado com São Jerônimo, no Brasil.
Na Bahia, quando uma festa é celebrada em honra de Dadá, irmão mais velho de Xangô, a cerimônia parece conter reminiscências de fatos antigos, sem que os participantes saibam, muitas vezes as histórias dos Yorubás. O Iaô de Dadá vem dançar frente a assistência, tendo na cabeça uma coroa, o Adê de Bayani. Logo depois, Xangô montado sobre um (ou uma) de seus iniciados, toma a coroa, colocando-a sobre sua própria cabeça. Após ter dançado assim adornado por um certo tempo, a coroa é restituída a Dadá.
Este elemento do ritual parece ser uma reconstituição do destronamento de Dadá-Ajaká por Xangô, e sua volta ao poder sete anos mais tarde.


Algumas Qualidades do Orixá Xangô



  • AGANJÚ - Quer dizer terra firme. Tem perna de pau e é casado com YEMONJA. É o filho mais novo de ORANNIAN e o preferido, herdou sua fortuna. É o mais cruel é aquêle que leva o coração do inimigo na lança. É o SÀNGÓ amaldiçoado que matou e comeu a própria mãe. Na verdade foi o 6º Alafin de Oyo que viveu em 1.240 A.C., aproximadamente. Era sobrinho neto de Xangô.

  • BARU  -  Pega tempo e come com ÈSÙ. Dependendo da época este Òrìsá ora é BARU ora é ÌRÓKÒ. Tem caminhos com OYA YÀTOPÈ . Não come quiabo nem amalá, come amendoim cozido e padê. Na África ele é chamado de maluco, pois durante seu reinado fez muita besteira, motivo pelo qual os africanos não o raspam nem assentam. Não fazia prisioneiros, matava todos. Veste-se de marrom e branco e suas contas são iguais a roupa. Toca-se para ÈSÙ e SÀNGÓ. BARU era muito destemido, mas quando comia quiabo, que ele gostava muito, dormia o tempo todo e por isto perdeu muitas contendas, pois, quando acordava seus adversários já tinham voltado da guerra. Ele ficava indignado. Então resolveu consultar um OLUÓ que lhe disse : Se é assim, deixe de comer quiabo - BARU perguntou : me diz o que comerei no lugar do quiabo... Só folhas... Só folhas ? perguntou BARU - Sim, respondeu o OLUÓ, tem duas qualidades , uma se chama oió e a outra xaná, são boas e gostosas como o quiabo. E BARU falou : - A partir de hoje, eu não comerei mais quiabo.


  •  BADÈ  -  É o mais jovem VODUM da família do raio ( cujo chefe é KEVIOSSO ), corresponde ao SÀNGÓ jovem dos NAGO. É irmão de LOKO. Usa roupa azul com faixa atada atras. Não fuma, não bebe nem fala. Um de seus animais prediletos é o chicharro.


  • OBAKOSSO  -  Perdeu os poderes mágicos de transportar-se da terra para o céu, enforcando-se num pé de OBI. Tem fundamentos com ÈSÙ, ÉGÚN e OYA, devido a sua morte.


  • AGODO  -  Muito ruim, brutal, inclinado a dar ordens e ser obedecido, foi ele quem raptou OBÁ. Come com YEMONJA.

  • AFONJÀ  -  É o dono do talismã mágico dado por OYA a mando de OBÀTÁLÁ. É aquêle que fulmina seus inimigos com o raio. Come com YEMONJA, sua mãe.


  • ALAFIN  -  É o dono do palácio real, o governante de OYO. Vem numa parte de ÒÒSÀÀLÀ e caminha com OSOGUIAN.


  • OBÀ OLUBÈ  -  É muito orgulhoso, intratável e muito bruto. Come com OYA.


  • OLO ROQUE  -  Seria o pai de ÒSUN OPARÀ. Tem fundamento com ÒSÓÒSÌ. Veste vermelho e branco ou marrom e branco.


  • ALUFAN  -  É idêntico a um AYRÀ. Confundem ele com OSÀLÚFÓN. Veste branco e suas ferramentas são prateadas.


quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Orixás: Deuses africanos



Os orixás são deuses africanos que correspondem a pontos de força da Natureza e os seus arquétipos estão relacionados às manifestações dessas forças. As características de cada Orixá os aproximam dos seres humanos, pois eles se manifestam através de emoções como nós. Sentem raiva, ciúmes, amam em excesso, são passionais. Cada Orixá tem ainda seu sistema simbólico particular, composto de cores, comidas, cantigas, rezas, ambientes, espaços físicos e até horários. Como resultado do sincretismo que se deu durante o período da escravidão, cada Orixá foi também associado a um santo católico, devido à imposição do catolicismo aos negros. Para manterem seus deuses vivos, viram-se obrigados a disfarçá-los na roupagem dos santos católicos, aos quais cultuavam apenas aparentemente. 


Estes deuses da Natureza são divididos em 4 elementos - água, terra, fogo e ar.


Alguns estudiosos ainda vão mais longe e afirmam que são 400 o número de Orixás básicos divididos em 100 do Fogo, 100 da Terra, 100 do Ar e 100 da Água, enquanto que, na Astrologia, são 3 do Fogo, 3 da Terra, 3 do Ar e 3 da Água. Porém os tipos mais conhecidos entre nós formam um grupo de 16 deuses. Eles também estão associados à corrente energética de alguma força da natureza. Assim, Iansã é a dona dos ventos, Oxum é a mãe da água doce, Xangô domina raios e trovões, e outras analogias.


Na Umbanda e no Candomblé se cultuam muitos outros orixás, desconhecidos por leigos, por serem menos populares do que Xangô, Iansã, Oxóssi e outros, mas com um significado muito forte para os adeptos dos cultos afro-brasileiros. Alguns são necessariamente cultuados, devido à ligação com trabalhos específicos que regem, para a saúde, morte, prosperidade e diversos assuntos que afligem o dia-a-dia das pessoas. Estes deuses africanos são considerados intermediários entre os homens e Deus, e por possuírem emoções tão próximas dos seres humanos, conseguem reconhecer nossos caprichos, nossos amores, nossos desejos. É muito comum, alguns dizerem que suas personalidades são consequências dos Orixás que regem suas cabeças, desenvolvendo características iguais às destes deuses africanos.


Apresentamos à seguir as descrições dos 16 Orixás mais cultuados no Brasil.


Lembramos que existem diversas correntes no Candomblé e na Umbanda, por essa razão as informações poderão ser diferentes de acordo com a tradição ou região.


O PANTEÃO DOS ORIXÁS AFRO-BRASILEIROS



  • EXU - Senhor dos caminhos, Orixá mensageiro e vencedor de demandas. Por estar mais próximo da realidade humana é considerado o Orixá das causas materiais. Veste-se de vermelho e preto e seu elemento é o fogo. Seu dia é a Segunda-feira e sua saudação é "Laroiê !". Seus filhos são pessoas críticas e originais, não ligam para opiniões alheias. Adeptos da lei do menor esforço, preferem concentrar suas energias no lazer. De hábitos noturnos, tendem a ser egoístas e tornam-se tristes quando não se encaixam em determinados ambientes.


  • OGUM -  é o Orixá guerreiro. Deus do ferro e da guerra. Seu domínio são as retas dos caminhos, as lutas e o trabalho. Veste-se de azul escuro, verde ou vermelho. Traz sempre sua espada pronta para o ataque. Seu dia é terça-feira e sua saudação é "Ogunhê !" Seus filhos, são pessoas com um apurado senso de honra e incapazes de perdoar uma ofensa. São fisicamente muito resistentes, curiosos por natureza, possuem muita capacidade de concentração e perseguem seus objetivos com determinação.


  • OXÓSSI -  Orixá caçador, protetor das matas, dos animais da floresta e dos caçadores. Veste-se de verde, azul turquesa e vermelho. Traz sempre o seu Ofá (arco e flecha). Seu dia é a Quinta-feira e sua saudação é "Okê Arô Oxóssi !" Seus filhos, são pessoas muito exigentes no cumprimento das obrigações, de atitudes firmes e até um pouco duras. Não têm "papas na língua" e costumam falar tudo o que pensam. Dão muito valor aos acordos e não faltam com sua palavra. Com tendência à timidez, não gostam de demonstrar suas emoções.


  • OSSAIM -  Orixá das ervas medicinais e das plantas em geral, presentes em todos os rituais de iniciação no Candomblé. É representado por um pássaro pousado num ramo e seu domínio é a mata virgem. Veste-se de verde e rosa. Seu dia é Quinta-feira e sua saudação é "Ewé ô - Ewe assá !". Seus filhos, são pessoas com forte tendência à religiosidade, tolerantes e de bom coração. De personalidade instável, costumam controlar seus sentimentos e emoções. Valorizam a liberdade e não se apegam aos bens materiais.


  • OBALUAIÊ -  (ou OMOLU). O deus das pestes e das doenças de pele. Por ser o deus da peste conhece a cura de todos os males. Veste-se de branco e preto e usa um capuz de palha-da-costa que encobre todo o corpo. Dança com o Xaxará. Seu dia é segunda-feira e sua saudação é "Atotô !" Seus filhos, são pessoas que se preocupam demais com os outros, esquecendo de seus próprios interesses. Podem até ter uma boa situação financeira, porém não se apegam aos bens materiais. São inquietos e não apreciam a monotonia.


  • OXUMARÊ - Orixá da sorte, fartura e fertilidade. Protetor das mulheres grávidas. Seu domínio são os poços e fontes da mata. Veste-se de verde e amarelo ou com as sete cores do arco-íris e é representado por uma serpente. Seu dia é Terça-feira e sua saudação é "Àrobô bô yi !". Seus filhos são pessoas orgulhosas e exibicionistas. Periodicamente mudam tudo em sua vida: casa, emprego, amigos, sempre buscando novidades. Costumam desenvolver o dom da vidência e possuem intuição aguçada, que normalmente lhes revelam os melhores caminhos.


  • EWÁ - Orixá das chuvas, rainha dos mistérios e da magia, jovem virgem que recebeu de Orunmilá o poder de ler os Búzios (o Oráculo de Ifá). Comanda os astros e está ligada às mudanças e transformações das águas. Veste-se de vermelho e branco. Seu dia é Sábado e sua saudação é "Ri-rò!". Seus filhos são pessoas extremamente metódicas e racionais. Costumam traçar metas para tudo. Conservadoras, acabam sofrendo com o excesso de rotina que conseguem estabelecer em suas vidas.


  • XANGÔ - O Orixá da justiça, do trovão e da pedreira. Veste-se de vermelho e branco. Usa uma coroa, e traz o Oxé (machado duplo) e o Xerê (instrumento musical) Seu dia é Quarta-feira e sua saudação é "Kawó-Kabyesilé!". Seus filhos são pessoas fisicamente fortes, atrevidos e prepotentes. Com um senso de justiça muito próprio, não suportam desaforos. As vezes agem como se fossem os donos da verdade. Porém, quando a situação complica, sempre buscam um meio termo, para não sair perdendo.


  • OXUM -  é a rainha dos rios e das cachoeiras (todas as águas doces), do ouro e do amor. Veste-se de amarelo, dourado, azul claro e rosa. Traz em suas mãos o Abebê (espelho-leque) e uma espada se for guerreira. É a segunda esposa de Xangô. Seu dia é Sábado e sua saudação é "Ora Ieiê Ô !". Seus filhos são pessoas graciosas e elegantes, adoram jóias, perfumes e roupas caras. Voluptuosas, sensuais, esbanjam charme e beleza. Possuidoras de muita força de vontade e um grande desejo de ascensão social.


  • IANSÃ - É a deusa guerreira, senhora dos ventos, das tempestades e dona dos raios. É a dona dos eguns, por isso seus filhos são os mais indicados para a entrega de ebós. É a mulher principal de Xangô. Veste-se de vermelho, marrom escuro, e branco. Seu dia é Quarta-feira e sua saudação é "Eparrei Oiá !". Seus filhos, são pessoas alegres, audaciosas, intrigantes, autoritárias e sensuais. Adoram usar jóias e bijuterias. Extrovertidas, francas e amantes da natureza. Ambiciosas e de temperamento forte. São guerreiras e comunicativas.


  • LOGUN-EDÉ - Filho de Oxum com Oxóssi. Seus domínios são os leitos de rios e mares. Veste-se com uma pele de leopardo, leva em uma mão o espelho de Oxum e na outra as armas de Oxóssi. Suas cores são amarelo e azul. É representado por um pavão ou um papagaio. Seu dia é Quinta-feira e sua saudação é "Olu A Ô Ioriki !". Seus filhos são pessoas bonitas, atraentes e sedutoras. Carinhosos, amorosos e sensuais. Orgulhosos e vaidosos. Inconstantes, indecisos, frios e calculistas. Reservados e um tanto calados. Ciumentos, solitários e discretos.


  • OBÁ - Uma das esposas de Xangô, Orixá do equilíbrio e da justiça. Seu domínio são as águas revoltas. Veste-se de laranja e amarelo, portando espada e protegendo a orelha com um escudo. Seu dia é Quarta-feira e sua saudação é "Obá xirê !". Os filhos de Obá são pessoas pouco atraentes, desajeitadas e de temperamento forte. Agressivas e objetivas. Aparentam ser mais velhas do que realmente são. Costumam ser bem sucedidas nos negócios e gostam de acumular bens.




  • IEMANJÁ - Orixá da harmonia em família, é considerada a Rainha dos mares e a mãe dos Orixás. Veste-se de azul e branco ou verde claro, portando seu Abebê (espelho-leque)decorado com uma sereia ou uma concha. Seu dia é Sábado e sua saudação é "Odô iyá !" Seus filhos, são autoritários, persistentes, preocupados, responsáveis e decididos. Amigos, protetores, faladores e não suportam a solidão. As mulheres, se comportam como super mães. Quando a segurança dos filhos e da família está em jogo, são agressivos e até traiçoeiros.


  • NANÃ - É o Orixá feminino mais velho do Panteão. É a mãe de Oxumarê e Obaluaiê. Em sua mão traz seu cetro o Ibiri. Veste-se de lilás, branco e azul. É a protetora dos doentes desenganados. Seu dia é Terça-feira e sua saudação é "Salubá !" Seus filhos são conservadores e apegados às convenções. Calmos, mas às vezes tornam se agressivos e guerreiros. As mães, são apegadas aos filhos e muito protetoras. Ciumentas e possessivas, exigem atenção e respeito. Não costumam ser muito alegres e não gostam de brincadeiras.


  • IBEJI -  Orixás Gêmeos protetores das crianças e da família. Vestem-se de azul, rosa e verde. São representados por dois bonecos gêmeos ou duas cabacinhas. Seu dia é domingo e sua saudação é "Oni Beijada!" Embora possa ocorrer, são raros os filhos de Ibeji. Essa energia infantil, geralmente se manifesta com o orixá do iniciado. Mesmo sendo adulto, quando em "estado de erê", o iniciado torna-se brincalhão, irreverente, cheio de energia e aparenta ser mais jovem. Adoram festas, música e dança.


  • OXALÁ, é considerado o Pai de todos os orixás. É o mais velho e o primeiro a ser criado. É responsável pela criação do mundo e dos seres humanos. É o Orixá dos inhames novos e da agricultura, que traz as chuvas e que fecunda os campos, Sua festa ligada ao início do ano agrícola costuma ser em agosto e setembro, e inclui a renovação da água do templo e a lavagem dos objetos de culto. Está associado à justiça e ao equilíbrio. É cultuado nas seguintes formas: Oxalufã = Oxalá Velho e Oxaguiã = Oxalá Moço.


  • OXALUFÃ é o Orixá da paz, veste-se de branco portando sempre seu opaxorô (cajado). É representado por uma pomba branca. Seu dia é Sexta-feira e sua saudação é "Eepaá babá !". Os filhos de Oxalufã (oxalá velho), em geral são pessoas calmas e dignas de confiança. Dotados de grande sabedoria, estão sempre buscando os significados de tudo o que ocorre ao seu redor. Não cansam de estudar e buscar o conhecimento. Também são teimosos orgulhosos e inteligentes e com tendência à serem preguiçosos.



  • OXAGUIÃ é um Orixá valente e guerreiro, considerado filho de Oxalufã. Também veste-se de branco, dança com muita energia carregando uma "mão de pilão". Seu dia é Sexta-feira e sua saudação é "Exê êêê !Os filhos de Oxaguiã (oxalá moço), são pessoas joviais e viris. Ativos, guerreiros, alegres e generosos. Não se deixam influenciar por opiniões alheias. São organizados e metódicos em seus ofícios e projetos. Trabalhadores incansáveis e por essa razão, suscetíveis à crises de estresse.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

2013 - O Ano da Serpente

2013 - O Ano da Serpente





O Signo ou Animal no Horóscopo Chinês do ano de 2013 é A Serpente. 

De acordo com a Astrologia Chinesa, 2013 será regido pela Serpente. Seu início será no dia 10 de fevereiro de 2013 e seu término será no dia 30 de janeiro de 2014.
A Serpente é considerada enigmática e, sob sua influência, o novo ano será propício para buscar o equilíbrio entre a razão e a emoção, além de ser uma fase favorável para cultivar a reflexão e a observação cuidadosa.



Ano da Serpente e de Obaluaiê


Um ano de reviravolta, ou seja, ano de mudar e planejar, ano de muito trabalho mas com exigência da sabedoria e planejamento, a Serpente para Obaluaê significa ação, imagine uma ação com marcação de todos os passos, pois a Serpente analisa cuidadosamente tudo o que irá fazer, como Obaluaê a Serpente exige que toda ação seja correta, pois cobra a perfeição, um ano sem muita mudança climática no planeta terra, o mundo sofrerá mais com ações de governantes, pois Obaluaê atinge de imediato os erros cometidos, como a presa para a Serpente, na família quando se tem o regente Obaluaiê com a Serpente devemos cuidar da saúde, o ano da Serpente será bom para casamento, para a sedução da pessoa amada, ano propício também para separação, pois Obaluaê cobra muito das pessoas para que sejam tolerantes e bons em suas atitudes, poderá haver muita discórdia familiar , será um ano de revelação inclusive espiritual para iniciar em alguma religião, um bom ano para viagens, trabalho com maior desempenho físico ou intelectual , mas sem mudanças bruscas na rotina, melhor lutar e aumentar o que se tem será prosperado, não faça aventuras, e não caminhe por locais que não conhece, os caminhos devem ser sempre conhecidos ou acompanhados, em todos sentidos, é um ano bom para o dinheiro honesto e ruim para ganhos desonestos, porque Obaluaiê cobra a conduta, e pode ter certeza que o ano de 2013, será muito ruim para as pessoas que fazem maldade, não tenha medo deste ano se você fizer o bem, agir honestamente e acreditar no amor, é o melhor ano para a caridade, pois estanca carmas de erros cometidos no passado, a cor para o ano de 2013, é Roxo, o preto e branco também é bem vindo, o número é o 5 (cinco), a planta é o milho e sua palha, os banhos com ela é bem vindo para alinhamento espiritual.
Bom para aumento dos negócios com sabedoria e honestidade; Bom para promoção profissional com lealdade ao patrão ou sócio; Muito Bom para saúde (Ruim para quem prejudica o corpo); Bom para compra de casa; Bom para viagem profissional; Bom para Casamento e Sociedade; Bom para Estudos e aprimoramentos e troca de atividade profissional.





Previsões dos signos para o Ano de 2013


Áries


Vida familiar regular com discussão sobre finanças, bom para casamento este ano. Financeiramente os arianos permanecerão poucos seguros e terrão poucos ganhos financeiros. Áries pode enfrentar alguns desafios no trabalho e poderá reverter a partir do meio do ano, mas em seguida encontrará outro com melhores possibilidades de promoção, saúde cuidar do sistema nervoso e coronário, ano com grande possibilidade de melhoria após o segundo semestre, então plante no primeiro para colher.



Touro

Touro será um ano de mudanças econômicas para melhor, controle seus gastos e cuide do aprimoramento para ter mais ganhos financeiros a partir do terceiro semestre, harmonia financeira, não faça dívidas este sem precisar realmente, pois surgira oportunidades que precisam de sua reserva, inicio do ano terá novidades no trabalho, promoções estão a sua frente, compra de imóvel, saúde cuidar da cabeça olhos, e vias respiratórias e problemas de enxaqueca.



 Gêmeos

Aprenda a separar seus problemas pessoas com os dos outros, poderá sofrer perda financeira por este motivo, Para os geminianos será um ano para poupar,  possibilidades de compra ou troca de imóvel, no trabalho poderá ser exigido mais de sua capacidade e ser promovido a partir do segundo semestre, faça cursos e prepare-se para o ano de 2013, pois indica muito trabalho, na área do comercia é o melhor ganho, saúde boa, com problemas de coração, cuidados especiais com articulações dos membros inferiores.



Câncer



Este ano para os cancerianos é de renovação, Obaluaê esta em sintonia com este signo procure mais aprimorar em cursos convites não faltaram, receberá a partir de abril novas oportunidades de ganhos financeiros, é ano de renovação e criação, encontrará muita facilidade econômica neste ano, com sabedoria tomará decisões certas, por isso pense bastante nas novas propostas, sabedoria é o principal requisito neste ano, ano ligado a felicidade familiar, positivo em novos amores e casamento, saúde boa,cuide do sistema digestivo e coluna.



Leão


2013 será um ano de de muito trabalho para os leoninos, não assumir compromisso sério ou que comprometa muito dinheiro, não arrisque, a união familiar está positiva e procure sempre a harmonia, poderá realizar um grande sonho que sempre desejou, no trabalho está muito bom para novos desafios, sem mudança de emprego, ou atividade, saúde boa, cuida mais do corpo fazendo exercícios, cuide dos olhos, ouvidos e garganta, previna-se com consulta médica, não abuse de álcool comidas gordurosas tem tendencia de aumento de colesterol.


Virgem


O virginiano tem um anos de realizações, seus caminhos estão abertos a inovações, e criações, seja empreendedor e faça seu trabalho com carinho, pois colherá frutos em breve,  A vida em familiar será boa e saudável, cuidado com o sistema gástrico intestinal. bom para negócios em 2013 será o seu ano de transformação financeira.



Libra


Libriano este ano será regido com diversas mudanças financeiras, poderá perder dinheiro em negócios de risco, melhor investir com sabedoria, bom ano para guardar dinheiro e não gastar, invista em cursos e aprimoramento, poderá ter um ganho extra, vindo de herança ou jogos em loteria, plante muito e espere a safra com paciência, saúde boa, mas com atenção especial ao sistema nervoso e coração, ano bom para atividades esportivas e cuidar do corpo, alimentação saudável é o ideal este ano e os próximos também.



Escorpião


Poderá ter perda financeira no trabalho, procure não lidar com grande investimento com sócios ou parentes, seja cauteloso em trabalhos no comercio, a industria está melhor posicionada a você, saúde poderá ter problemas circulatórios e problemas nos rins, regre sua alimentação e reveja hábitos, não use bebidas alcoólicas e faça dieta sem gordura e pouco sal, novidades em projetos antigos, serão concretizados este ano, procure ser mais atuante e participativo com a família, poderá ter problemas amorosos com separação, não haja por instinto, seja mais tolerante e aceite as pessoas como elas são.



Sagitário


Lado sentimental com grande amor ao companheiro, ideal para viagem em casal, profissional será muito bom, com promoções e aumento de ganhos basta ação com inteligência. No entanto, alguns problemas financeiros podem ocorrer com erros de investimentos, será convidado para uma sociedade. Os sagitarianos tem este ano uma força muito grande em trabalho com promoção e ganhos financeiros, mas deverá ser atencioso e dedicado em suas tarefas. Ano bom para cuidar do físico e mente, bom para viagens e negócios em outros estados ou pais, Saúde boa, com tendencias a engordar e ter pressão alta,  faça exercícios e mantenha alimentação equilibrada e medite cada atitude importante que ira tomar, não aja por impulso..



Capricórnio


Este ano é regular a todos capricornianos, pequenos ganhos financeiros, mas terá um grande sonho realizado, poderá receber herança, ganhar em jogo ou receber proposta de trabalho muito boa.
Terá garantia financeira mas poderá enfrentar alguns problemas familiares com negócios mal realizados, terá alguns desafios em solucionar problemas com saúde, deverá ter comportamento alimentar, praticar exercícios e cuidar do sistema digestivo. Poderá ter problemas com nervos, seja paciente e toma as decisões certas, caso contrário sua saúde não será boa, poderá ter novidades como casamento, filhos, netos ou chegada de parentes, aumento familiar esta propício este ano.



Aquário


Bom ano aos aquarianos, poderá ser o melhor da década. Será bom e poderá ter promoção no trabalho, ganhos em negócios e principalmente com vendas, será bom para casamento e compra de casa própria, poderá ter uma agradável surpresa com dinheiro extra no decorrer do ano, não terá problemas de saúde grave, mas deverá ter cuidados especiais com a cabeça e sistema digestivo, será um ano de transformação e muito familiar, poderá viajar a negócios ou mudar de cidade ou pais, muito bom para novos rumos no trabalho, poderá receber novas propostas e deverá ser mais exigido profissionalmente, ano para realizar o sonho de academia, cuidar do corpo e praticar dietas alimentares.



Peixes


Este ano esta para Peixes, mas tenha cuidado com negócios em que o investimento é alto, principalmente aqueles envolvidos com parentes e amigos íntimos, não faça este ano grandes investimentos procure a organização financeira familiar antes de partir em desafios poderá perder dinheiro com venda de algo de sua estima, bom para pequenos negócios, o ano será bom para ganhos mas sem investimentos, ou seja, sua capacidade será o melhor trunfo em alguém querer sociedade, faça cursos de aprimoramento, na saúde será boa mas com atenção especial a doenças vasculares.
Será convidado a um novo projeto em seu trabalho, analise e se dará bem, poderá também receber uma proposta de uma sociedade ou mudança de trabalho, bom ano para laços familiares e cuidar do corpo faça exercícios e dieta balanceada, seu corpo sentirá maior disposição.